O centro, afastado da zona vermelha da capital de Holanda, tem psicólogos, assistentes sociais, contadores e experientes em saúde oferecendo às prostitutas não só informação sobre proteção sexual, também cursos didáticos de superação profissional.
Nas oficinas elas podem aprender os segredos do oficio para saber como tratar o cliente, tanto para que se comporte durante o serviço, como para que deixe uma boa gorjeta. O centro também oferece cursos de computação e administração para que as garotas aprendam como pagar os impostos, abrir uma conta bancária, acessar um crédito hipotecário, estabelecer um programa de aposentadoria ou resolver alguma dívida.
O empreendimento estatal não se opõe a ajudar às garotas que querem deixar o oficio, mas seu principal objetivo "é lhe dar todas as ferramentas possíveis para que tenha sucesso como trabalhadora independente", diz Therese von der Helm, coordenadora do Centro de Saúde e Prostituição.
- "Não podemos esquecer que são mulheres de negócios, por isso ensinamos não só a sobreviver em sua profissão, também em questões de administração, autodefesa e em que tenham uma atitude firme quando estão atrás de uma vitrine".
Até o momento assistiram de forma gratuita e no anonimato a 267 mulheres. Que tiveram cursos de proteção sexual, contabilidade, desenvolvimento profissional e aprendizagem do idioma holandês. São mil prostitutas que circulam nas ruas da capital.
- "Com certeza estamos ajudando a melhorar suas condições trabalhistas, sociais e de saúde, e a prevenir a exploração e o abuso sexual", resume van der Helm, com 20 anos de experiência na matéria.
Cursos de aperfeiçoamento
A matéria mais popular é a que ensina como tratar ao cliente durante o serviço e como negociar a melhor tarifa, mínimo de 50 euros. As prostitutas veteranas ficam responsáveis de ensinar a suas colegas mais jovens sobre como lidar com os problemas mais comuns.
- "Estar com boa saúde e com vigor no trabalho sexual e saber que sempre se pode dizer Não!", reza um folheto informativo. E até criaram quadrinhos que ensina de forma gráfica, por exemplo o que fazer com tarados que querem de tudo, até usar consoladores de viúvas.
O ideal seria que em paralelo a estes cursos, existissem programas para transformar a mentalidade da sociedade, que ainda quando se trata de uma atividade legal, a atividade mas velha da humanidade conserva sua imagem negativa.
O Governo usou dois argumentos fundamentais para legalizar a prostituição no ano 2000 nesse país: um maior controle das doenças venéreas e a emancipação das mulheres de seus cafetões.
Até hoje, aquelas que trabalham na legalidade, devem pagar impostos e realizar um controle médico regular. As profissionais das vitrinas pagam ao estado a cada três meses 19 por cento de seus ganhos, por serem consideradas trabalhadoras independentes.
Na zona vermelha conhecida como "De Wallen" muitas se queixam do pagamento de impostos e consideram que seu velho cafetão agora é o Estado.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Inaugurada primeira escola para prostitutas
O nosso ministério do trabalho tem a sua cartilha para as profissionais do sexo. Mas quem inovou mesmo foi a moderna cidade de Amsterdã, que criou o primeiro centro de desenvolvimento profissional das prostitutas, que junto ao cuidado da saúde busca transformar as "moças de vida fácil" em pequenas empresárias de sucesso. A atividade mais antiga do mundo é legal na Holanda desde 2000.
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