quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Campinas terá 1ª escola do Brasil voltada para público gay

A primeira escola voltada para o público gay do Brasil será instalada em Campinas, no interior de São Paulo, e deve entrar em operação em janeiro de 2010. A nova Escola Jovem LGTB (Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais) oferecerá aulas de Expressão Literária, Expressão Cênica e Expressão Artística, além de um curso para formação de drag queens.

A grade curricular engloba tópicos artísticos como dança, música, TV, cinema, teatro e criação de revistas. O objetivo da instituição é fazer circular pelo Estado de São Paulo o material produzido pelos alunos - entre eles, CDs, DVDs, livros, revistas, peças de teatro e espetáculos de drag queens.

A unidade escolar surgiu a partir de um convênio entre a ONG E-Jovem, o governo do Estado de São Paulo e o Ministério da Cultura. Os cursos técnicos são gratuitos e têm duração de três anos.

As inscrições serão abertas em janeiro, ainda sem data prevista. Serão aceitOs prioritariamente interessados com idade entre 12 a 18 anos. Outras faixas de idade serão aceitas se houverem vagas. As inscrições também estão abertas ao público heterossexual.

As aulas terão início em março e, a princípio, devem ser criadas três turmas com 20 alunos cada.

De acordo com Deco Ribeiro, diretor da Escola Jovem LGTB, o contrato de convênio, com validade de três anos, foi assinado no último dia 16 de dezembro. Ainda não há um local definitivo para a sua instalação. "Estamos em uma corrida para acertar tudo até o início das atividades", disse.

Segundo ele, a unidade em Campinas é a primeira do gênero no Brasil e a segunda na América Latina. Nos Estados Unidos existem várias unidades. Ribeiro disse que a intenção também é a de combater a homofobia e colocar em discussão a temática da população gay que, em geral, não é veiculada em currículos de estabelecimentos de ensino tradicional. "Sabemos que muitos alunos deixam de estudar por puro preconceito." Sendo assim, diz ele, a escola dará um suporte no sentido de auto-aceitação do individuo através de cursos voltados às artes. "Os mais conservadores estão de cabelos em pé, já recebemos muitas mensagens nesse sentido como também muitos incentivos de pessoas querendo lecionar ou serem voluntárias. Acho que vai ser muito bom", completou.

Os interessados podem entrar em contato com a direção da escola pelo endereço eletrônico escola@e-jovem.com.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Reflita - Comente

"Papai Noel existe?" Lide com os questionamentos dos filhos

A Fada do Dente, o Coelhinho da Páscoa e Papai Noel têm algum em comum: são criações dos adultos e objetos das crenças infantis. O problema é quando contar que todos esses seres não existem de verdade e não passam de uma invenção dos pais.

“Algumas crianças que acreditam em Papai Noel nunca questionam a existência dele até um evento decisivo dar uma prova inconteste da sua não-existência. Alguns desses eventos acontecem por acaso ou por acidente, outros são intencionais”, afirma o sociólogo Frances Chaput Waksler, autor de “The Little Trials Of Childhood: And Children's Strategies For Dealing With”, trabalho ainda não traduzido ao português.

Estudos nos Estados Unidos apontam que uma parte significativa das crianças descobre a verdade por volta dos sete anos. Metade das crianças pesquisadas entre 8 e 11 anos relataram que ainda acreditavam no bom velhinho.

Waksler aponta que as crianças – embora os adultos acreditem que não – são capazes de coletar evidências e usar a razão para descobrir a verdade. Não é por acaso, que o segredo é descoberto na idade em que estão iniciando o ensino fundamental.


“Como as crianças caçam evidências empíricas e científicas para confirmar ou refutar a existência do Papai Noel? Elas protagonizam todo o processo, consultado outras crianças ou tendo inferências a partir de experiências que elas já tiveram”, comenta o especialista.

Os adultos podem ser parte deste processo, dando pistas verdadeiras e falsas, sempre tomando cuidado para não decepcionar a criança. Algumas ficam bravas, como relata Waksler, ao descobrirem a verdade e uma alternativa para os pais é ficarem tão indignados quanto os filhos. Outra tentativa é uma nova reformulação do Papai Noel: dizer que ele nunca vai morrer no coração do filho e que, de alguma forma, ele existe de verdade – pelo menos na imaginação.

Se os pais estiverem em dúvida se devem incentivar ou não a coleta de provas sobre o Papai Noel, então podem conversar com os pais dos amiguinhos. A criança que acredita pode ficar deslocada em um grupo que não acredita.

“Adultos podem traçar quebra-cabeças sobre algumas ações atribuídas aos Papai Noel. Como, por exemplo, ele consegue entrar em uma chaminé ou que acontece se a pessoa não tem a chaminé?”, fala Waksler. Crer no bom velhinho é saudável para as crianças e o processo de descoberta pode ser mais ainda.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Geisy Arruda faz linha de bonecas

Parece que o caso da garota do vestidinho vermelho durou mais de 15 minutos, agora ela lança até boneca

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Preço das escolas dos filhinhos de papai

Escola Alemã Corcovado : De 1220 a 1429 reais

Escola Suíço-Brasileira : De 1700 a 2900 reais

Liceu Moliere : 1343 reais

Escola Britânica : De 2911 a 3533 reais

Escola Americana (Sasha estuda lá, então já sabem que o ensino não deve ser muito bom /sena) : De 2171 a 4873

Todas as escolas ficam localizadas no Rio de Janeiro

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

9º encontro estadual de DIREITOS HUMANOS

IX ENCONTRO ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS

O DIREITO À EDUCAÇÃO COMO UM DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL


09 de dezembro de 2009
Local: Auditório da Reitoria da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Cabula
Salvador – Bahia

10 de dezembro de 2009
Local: Auditório das Faculdades Integradas Olga Mettig - Mouraria
Salvador – Bahia

11 de dezembro de 2009
Local: Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Canela
Salvador – Bahia

Inscreva-se aqui: INSCRIÇÃO

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

Para refletir

Operação Salva Boletim

Fatores emocionais prejudicam a aprendizagem formal

Com a chegada do final do bimestre, muitos alunos sofrem com a expectativa da entrega do boletim. Para muitos, um momento de prazer, de mostrar os objetivos atingidos, para outros, um pesadelo, em razão do fracasso escolar, das notas baixas.

Muitas vezes, os pais, sem saberem lidar com a circunstância, acabam castigando seus filhos, piorando ainda mais a situação. Mas a escola deve ter o compromisso de transmitir para esses pais sobre as necessidades da criança ou adolescente, que podem estar passando por problemas emocionais, não conseguindo administrá-los internamente.

Normalmente, os casos de fracasso escolar estão associados a outros fatores que a família não percebe que podem estar prejudicando o aprendizado. Brigas do casal, pouca atenção para o filho, muitas críticas por parte dos pais, irmãozinhos mais novos, enfim, uma série de elementos que podem mexer com a estrutura interna do sujeito, que acaba precisando da ajuda de especialistas.

As primeiras indicações para se salvar o boletim é discutir com a equipe pedagógica da escola sobre quais as maiores dificuldades do aluno, identificando as prioridades para o momento. Verificar se a escola oferece aulas de reforço, plantões de dúvidas e se situar sobre os dias e horários das mesmas.

Pagar aulas particulares será uma excelente forma de ajudar o estudante, que muitas vezes não tem uma rotina própria de estudo, não consegue ser independente, o que também o prejudica. É bom destacar que os vilões das dificuldades são sempre matemática e língua portuguesa, no entanto, outras disciplinas também podem se destacar.

Ficar atento a fatores emocionais é fundamental, pois mesmo que a criança ou o jovem recupere as notas, o problema poderá voltar no semestre seguinte, em virtude da desestruturação interna. O melhor a fazer é encaminhar o aluno para um atendimento psicopedagógico, a fim de se fazer um diagnóstico sobre as dificuldades e limitações do mesmo diante do processo ensino/aprendizagem. Muitas vezes o aluno é compromissado, mas seus métodos de estudo são ineficientes, precisando de orientação.

Noites mal dormidas também podem prejudicar o aprendizado. Jovens e crianças precisam de, no mínimo, nove ou dez horas de descanso por noite. Os problemas de visão também podem prejudicar a aprendizagem e são causas constantes dessas dificuldades. Fazer exames de vista regularmente é fundamental para garantir o estado de saúde do aluno.

Ignorar os problemas e cobrar apenas do estudante não trará bons resultados. Surras e castigos ocasionarão ainda a perda da autoestima, da autoconfiança, piorando a capacidade do estudante em se concentrar e acreditar que vencer é possível.

Dedicar alguns momentos para estudar com a criança ou jovem também será uma forma favorável de demonstrar interesse pelo mesmo, por seus problemas, além de mostrar confiança, gosto em ajudá-lo a superar essa etapa difícil e a melhorar os vínculos afetivos entre pais e filho.

O fundamental é acreditar na capacidade do aluno, incentivando-o a se tornar melhor.

Por Jussara de Barros Graduada em Pedagogia Equipe Brasil Escola

Dicas para lidar com o comportamento agressivo na escola

A família exerce um papel importante na formação da criança, mas o professor também tem função importante quanto a essa. Por isso, a forma com que o professor lida com os conflitos, apresentando, por exemplo, comportamentos agressivos, poderá levar o aluno a repeti-los. A escola por sua vez, sendo um lugar que instrui, não deve tolerar a agressividade excessiva.

Uma postura positiva que o professor poderá adotar diante da conduta agressiva do aluno é a de se aproximar dele, assim estará oferecendo-o a possibilidade de falar sobre seus sentimentos e até mesmo sobre seus atos. Outra medida que também funciona é o teatro de bonecos, representando conflitos do cotidiano da criança. A relação escola-família é de suma importância. Ao conversar com os pais, o professor pode iniciar destacando primeiramente as qualidades do aluno.

Algumas dicas para trabalhar o bom convívio do grupo são: Orientar os alunos a informar quanto à ocorrência de qualquer comportamento agressivo; não estimular a criança a revidar atitudes agressivas com atos violentos; Dialogar com as crianças sobre as noções de certo e errado; proporcionar brincadeiras onde há contato físico.

Por Patrícia Lopes

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Filme - Narradores de Javé

Sinopse:

Somente uma ameaça à própria existência pode mudar a rotina dos habitantes do pequeno vilarejo de Javé. É aí que êles se deparam com o anúncio de que Javé pode desaparecer sob as águas de uma enorme usina hidro-elétrica. Em resposta à notícia devastadora, a comunidade adota uma ousada estratégia: vão preparar um documento contando todos os grandes acontecimentos heróicos de sua história, para que Javé possa escapar da destruição. Como a maioria dos moradores são analfabetos, a primeira tarefa é encontrar alguém que possa escrever as histórias.

Baixe esse filme aqui:


Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Sono na Sala de Aula

Como se concentrar e aprender quando a sonolência aparece?

A rotina de quem vai para a sala de aula não é nada fácil. Se as aulas começam às sete horas da manhã, o aluno deve acordar por volta de seis horas, considerando o tempo gasto para se arrumar, tomar café da manhã, arrumar os materiais e se dirigir para o colégio.

É bom acrescentar um tempinho a mais, para se precaver dos imprevistos, como furar um pneu de carro ou o atraso do ônibus.

Muitas vezes os alunos chegam cansados à escola, não conseguem manter a concentração nas aulas e até mesmo tiram um cochilo sobre a carteira.

Os professores não devem aceitar esse tipo de atitude, pois pode virar rotina em sua aula. O correto é pedir que o aluno se dirija ao banheiro e lave o rosto, a fim de recuperar as energias.

Propor um momento de dinâmica também pode melhorar o ritmo da turma, como alguns exercícios rápidos.

Sabemos que o organismo adulto necessita de, no mínimo, oito ou nove horas de repouso por noite. No caso de crianças e adolescentes, essas horas podem variar até onze horas de descanso por noite.

Assim, se o estudante acorda às seis horas, deve dormir no máximo às dez da noite, para garantir oito horas de sono.

O grande problema da atualidade é que, além das agendas lotadas de atividades extraescolares, as crianças e jovens têm passado horas e horas na frente do computador ou da televisão, perdendo a rotina correta de descanso, ultrapassando os horários nos quais deveriam dormir. Mas isso acontece porque os pais permitem. Cabe aos mesmos impor esses limites.

Na sala de aula é visível os prejuízos da criança ou jovem que não dorme o suficiente: fica desatento durante as aulas, perde o bom desempenho escolar e tem como consequências a perda do seu ritmo interno, podendo ser a grande vilã do baixo rendimento escolar.

Além disso, a hora de acordar e levantar vira uma novela, trazendo preguiça, moleza, lentidão, que podem causar conflitos em casa, fazer o aluno chegar atrasado, acarretando na perda da matéria da primeira aula, podendo não conseguir acompanhar o grupo, posteriormente.

A família deve conscientizar os filhos de que cada pessoa tem seu relógio biológico, e que o mesmo precisa ser respeitado para que tenhamos bons rendimentos no trabalho e nos estudos.

Permitir que a criança ou o jovem vire a noite assistindo televisão, jogando videogame ou pendurado no computador não trará benefício algum, pelo contrário, deixará a cabeça pesada, o raciocínio lento e o corpo cansado.

Os pais precisam ser determinados em impor as regras de horários. Devem ser firmes e não aceitar a quebra das mesmas. Afinal, os filhos testam o tempo todo os limites dos pais, querendo ganhar mais liberdade.

Por Jussara de Barros Graduada em Pedagogia Equipe Brasil Escola

Estudo dos Filhos, Dever de Casa dos Pais

Pais compromissados participam com interesse e carinho

Estudar é uma atividade diária, que requer dedicação e muito empenho. É utilizar-se dos recursos mentais para compreender, adquirir novas experiências, aprender. É frequentar a escola e examinar cuidadosamente as matérias trabalhadas na sala de aula, tentando levar tais conhecimentos para a vida diária.

Porém, muitos estudantes não conseguem crescer nos estudos, não atingem os objetivos propostos seja pela escola, pela família ou por ele próprio, vendo-se presos a condições que não favorecem o aprendizado.

A falta de motivação e a procrastinação são grandes fatores que prejudicam os estudos. Mas por que isso acontece?

Muitas vezes a família não participa do processo educativo dos filhos, lançando todas as responsabilidades para a escola.

Pelo contrário do que os pais, ocupadíssimos, imaginam, a independência não aparece por se fazer as coisas sozinho, mas por se conquistar segurança para poder caminhar com as próprias pernas. E segurança só se conquista através da participação do outro, do elogio que se recebe, da credibilidade confiada.

Temos visto crianças sozinhas para estudar, para fazer suas tarefas, para montar trabalhos. Não que os pais devam fazer para os filhos, mas devem compartilhar esses momentos, mostrando interesse, opinando, fazendo suas considerações sobre as mesmas, valorizando aquilo que seus filhos fazem.

Alguns pais cobram das escolas as notas baixas dos filhos, mas não participam da vida escolar dos mesmos, acreditando que todas as responsabilidades devem advir da instituição educativa. Muitos chegam a manifestar que pagam as mensalidades e que querem ver o retorno do dinheiro aplicado.

Mas o maior investimento é a presença, a participação, a contribuição, se inteirando da rotina escolar dos filhos. Isso é dever de casa dos pais, obrigação dos pais. Além disso, existem outros comprometimentos da família que devem aparecer, a fim de despertar o mérito intelectual dos estudantes, como:

- Criar um ambiente favorável ao aprendizado – é comum a criança estudar enquanto a família assiste televisão, o que tira a concentração do estudante;

- Orientar os filhos na hora das tarefas, participar, mas sem dar as respostas, sem fazer as mesmas para eles;

- Brigas e discussões constantes também atrapalham a concentração do aluno, deixando-o ansioso e inseguro;

- Problemas de saúde e a ingestão de medicamentos podem causar sonolência e apatia;

- A falta de uma biblioteca dentro de casa, a fim de possibilitar o incentivo à leitura, bem como de se fazer pesquisas escolares, também prejudica;

- Lançar elogios pelo cumprimento das tarefas, por mínimas que sejam, torna a criança ou o adolescente feliz, dando-lhe maior confiança;

- Participar de reuniões na escola e dispor de tempo para levar o filho até a sala de aula é uma forma de cumprimentar os professores e saber se está tudo bem;

- Ter interesse pelas coisas que o filho faz na escola, seja nas provas, apresentações de trabalhos, atividades esportivas ou artísticas;

- Evitar pressões com notas, o que pode atrapalhar ainda mais o estudante.

Com essas atitudes, com os pais cumprindo o seu dever de casa, suas responsabilidades diante dos estudos dos filhos, com certeza o processo educativo será alavancado por vitórias, que também aparecem através da amizade entre família e escola. É bom lembrar que o sucesso acontece através da segurança!

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

A Criança e a Leitura

Proporcionar a uma criança que ela crie o hábito da leitura é uma tarefa que deve envolver também o hábito daqueles que com ela convive. O universo infantil é cheio de faz-de-conta e a criança sempre leva para o imaginário seu mundo real. Daí a importância de que desde pequenas sejam estimuladas a amarem os livros como forma de incentivar seu potencial criativo.

Nesse processo é de suma importância que os primeiros livros sejam aqueles mais resistentes, para que a criança possa explorá-los de todas as formas que tiver interesse. Comumente vemos pais chamando a atenção dos pequenos para que não façam mau uso dos livros, como riscar, amassar ou rasgar. Mas como a criança irá gostar de um material e se vincular a ele se não puder mantê-lo próximo ou utilizá-lo naquilo que gera prazer, com coisas que já consegue fazer?

Para que a criança sinta-se envolvida pelos livros é importante que possa manifestar suas vontades diante dos mesmos, podendo escrever em suas páginas a história da forma como ela mesma imagina, com rabiscos ou desenhos, que mesmo não tendo significado para o adulto o tem para a criança. Aos poucos o pequeno vai internalizando os conceitos da história além de abrir-lhe a possibilidade de recontá-la do seu jeitinho, de acordo com a sua idade e capacidade, levando-a ao enriquecimento da imaginação, da criatividade e da linguagem.

É importante também que a criança se torne um bom ouvinte, que ela tenha condições de participar de momentos de narração de histórias, seja pelos pais, pessoas envolvidas em seu processo educativo ou ainda em livrarias, shoppings, teatros, etc. Mas nesse caso, é primordial que o contador já conheça a história, para que não faça a leitura corrida da mesma, de forma fria e sem atrativos, mas que a conte como se estivesse conversando com a criança e com os personagens, criando um fascínio por aquele que a ouve.

Hoje já existem edições de livros que vem com várias formas ativas de participação e envolvimento tanto do leitor como do ouvinte. São livros cheios de estímulos sonoros e mesmo visuais, como figuras tridimensionais, fantoches, sons das vozes dos personagens ou músicas da própria história.

Ensinar os pequenos a amar os livros não é difícil, pois existe um encanto que as histórias sempre transmitem. Aliás, a história por si só, os personagens juntamente com o imaginário de cada um nos conduz a outros lugares, a outras sensações, o que acontece também com a criança. E a partir dessas prazerosas sensações, o desejo de sempre querer mais.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Como proceder com crianças que gaguejam

Gagueira: ajude seu aluno a se expressar melhor.

As causas da gagueira, chamada por especialistas de disfluência da fala, são um verdadeiro mistério. Várias pesquisas sugerem que ela pode ser genética, decorrente de disfunções fisiológicas ou de origem psicológica, porém, nada conclusivo. Como ponto de partida é fundamental que pais e professores saibam diferenciar quando a criança realmente manifesta a gagueira.

É comum que crianças entre 2 e 4 anos, que estão passando pelo processo de aquisição de linguagem, apresentem comportamentos típicos da gagueira, como repetição de palavras, sílabas e sons, prolongamentos de vogais e bloqueios. Esses sintomas podem permanecer na fala por apenas alguns meses e depois sumir sem qualquer intervenção. É a chamada "remissão espontânea", que está ligada ao desenvolvimento da linguagem e não à gagueira.

Contudo, é importante estar alerta e acompanhar cuidadosamente tal comportamento de fala que, quando instalado por um longo tempo, passa a ser mais do que comportamentos resultantes do processo de aquisição da linguagem, assumindo-se como gagueira.
O profissional apto a realizar uma avaliação diferenciada é o fonoaudiólogo especializado no atendimento dos Distúrbios da Fluência, com conhecimentos científicos e práticos sobre gagueira. A terapia fonoaudiológica visa melhorar as relações de comunicação e minimizar tanto o distúrbio quanto o sofrimento moral e interno do paciente.

É de suma importância que pais e educadores realizem um trabalho de parceria, buscando a melhor maneira de proceder com o indivíduo gago. Partindo desse pressuposto, algumas condutas devem ser adotadas, tanto pelos pais no ambiente familiar quanto pelos professores na escola, que serão de grande avalia para essa relação de comunicação:


Em casa:
Nunca diga 'pare', 'pense', 'respire' ou 'calma'. A criança não está nervosa, está gaguejando;
Apesar da dificuldade em comunicar, não complete palavras para a criança;
• Não interrompa a fala da criança;
• Converse em velocidade confortável e de forma mais pausada;
• Reduza o número de perguntas;
• Busque olhar nos olhos da criança quando ela estiver falando;
Durante o diálogo deixe a criança falar mais e busque balançar a cabeça para indicar que está compreendendo o que ela está falando;
• Tenha um tempo a sós com o filho, para que ele tenha liberdade para contar tudo o que quiser.

Na escola:

Apresente para a turma a questão da gagueira. Explique que a criança gaga não é diferente de ninguém;
• Estabeleça um contato freqüente com a família para acompanhar o desempenho da fala da criança em casa;
• Adote uma postura de acolhimento, que não é ter dó, compreenda a dificuldade da criança;
• Não peça para a criança falar dessa ou daquela maneira;
• Compreenda que gagueira não tem nada a ver com inteligência. Cobre da criança que gagueja o mesmo que cobra das outras crianças, com exceção da fala, é claro.
• Perceba os dias mais fáceis e os mais difíceis da criança, evitando expô-la, respeitando os dias mais difíceis;
• Estabeleça uma dinâmica de leitura em dupla ou coletiva;
• Em atividades pré-escolares, nunca deixe a criança para o final da brincadeira, porque essa atitude pode aumentar a ansiedade e o medo.
Por Elen C. Campos Caiado Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia

Pérolas do Enem

O tema da redação do Enem foi Aquecimento Global, e como acontece todo ano, não faltaram preciosidades. Lá vão: 1) "o problema da amazônia tem uma percussão mundial. Várias Ongs já se estalaram na floresta."(percussão e estalos. Vai ficar animado o negócio) 2) "A amazônia é explorada de forma piedosa." (boa) 3) "Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar planeta." (tamo junto nessa, companheiro. Mais juntos, impossível) 4) "A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu." (e na velocidade 5!) 5) "Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta." (pra deixar bem claro o tamanho da destruição) 6) "O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação." (pleonasmo é a lei) 7) "Espero que o desmatamento seja instinto." (selvagem)

Criança que Bate

As crianças copiam os exemplos dos pais

As crianças, à medida que crescem, vão descobrindo novas sensações, querem se arriscar em novas emoções, o que caracteriza que está desenvolvendo suas capacidades. Experimentar significa conhecer, sentir e a partir disso vai ampliando seus contatos com o mundo, não só no lado material, físico, mas principalmente no lado emocional.

Essas aprendizagens são de fundamental importância para as pessoas, pois a partir das descobertas feitas na infância é que vamos caminhando para os lados que mais nos agradam, vamos fazendo nossas escolhas para a vida.

Uma criança que tem todas as suas vontades satisfeitas, tende a se tornar manhosa, além de não aprender a lidar com pequenas frustrações, o que pode prejudicá-la mais tarde. Será que quando crescer todos irão fazer suas vontades? Será que na escola, no trabalho, conseguirá manter tudo conforme suas preferências?

Desde muito cedo as crianças precisam aprender a conviver, a respeitar as regras sociais, principalmente no que diz respeito ao próximo. E bater nas pessoas não é uma atitude aceitável no meio social.

Mesmo que em casa os pais permitam que o filho distribua tapas, é bom esclarecer que fora desse ambiente as pessoas não aceitarão e ele ficará mal visto por suas atitudes antissociais.

Então, é uma ilusão pensar que corrigir é besteira, pois o que não se aprende em casa se aprende em outros grupos sociais, muitas vezes de forma dolorosa, sofrida.

Na verdade, se a criança bate é porque aprendeu isso com alguém, teve contato com alguma atitude agressiva. Mesmo que não tenha levado um tapa, pode ter presenciado os pais batendo em irmãos mais velhos, ou outras crianças de seu contato batendo em alguém.

É importante que os pais identifiquem de onde está vindo a agressividade, e mostrem para a criança que não pode agir assim.

Existem outras causas que podem desenvolver essa atitude na criança, como ficar esquecida pelas pessoas da família, brincar sempre sozinha, o que a leva a tomar atitudes que chamem atenção.

O ciúme também é uma forma de deixar a criança agressiva. Ao ver seus pais mantendo troca de carinhos sentem-se inseguras, como se eles não a amassem. Quando isso acontece o melhor é rever o tempo gasto com a criança, se estão dando atenção, carinho e se tem o compromisso de distrair e brincar com a mesma.

O melhor é conversar com o pequeno, manter muita calma e paciência, e pedir para que ela não repita o gesto. E quando acontecerem os tapas, é interessante ensinar a trocá-los por um beijo, que é mais gostoso.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Opinião: Estrutura atual do ensino fundamental traz transtorno para famílias

Defasagem na idade torna aprendizado possível, mas difícil.
Mudança para 9 anos vai adequar aluno à série que estuda.

Uma das mudanças que ocorrerá com a implantação do ensino fundamental de nove anos é a adequação da idade do aluno à série que estuda.

Hoje, tem funcionado da seguinte maneira: uma criança para frequentar uma determinada série, deve completar a idade correspondente a ela no ano em que vai cursá-la, que pode ser de primeiro de janeiro a 31 de dezembro. Com essa possibilidade, pode-se encontrar na mesma classe estudantes com quase um ano de diferença.


Essa forma de proceder trouxe transtornos para muitas famílias. Com a idéia de adiantar um ano a vida escolar do filho, mas não sendo obrigados a isso, muitos pais optaram por matricular seus pequenos que fazem aniversário no segundo semestre (às vezes mais para o final) na série correspondente à idade a ser completada. Os alunos acompanhavam a escola, mas à custa de muito esforço -provavelmente por lhe serem exigidas coisas além de suas possibilidades maturacionais.


Quando falamos de desenvolvimento infantil, a diferença de meses conta muito. Basta observarmos um bebê ao nascer e compararmos passados quatro meses. Muita coisa terá mudado. Na fase escolar, também observamos isso se considerarmos, por exemplo, uma criança que aniversaria em fevereiro e outra que completa a mesma idade em outubro.

Sabemos que aprender vai além de recursos intelectuais. Envolve aspectos sociais, biológicos, emocionais e ambientais. No início da escolarização, é mais importante a maturidade física e psíquica do que ser muito inteligente.


Quando há uma defasagem na idade escolar, o aprendizado se torna algo possível, mas muito difícil. Há o risco de que os alunos comecem a acreditar que não conseguem mesmo aprender direito, que não são capazes. Na verdade, são apenas muito novinhos para o que estão fazendo. As primeiras séries até conseguem levar com a ajuda dos pais. Mais lá para a frente, a possibilidade de ficarem retidos numa série é maior. As coisas vão ficando piores.

Um exemplo
Esse é um problema que uma leitora da semana passada trouxe: seu filho, que fará seis anos em agosto de 2010, ainda pode ir para o primeiro ano do fundamental. Porém, não sabe como está seu emocional para isso.

Sua preocupação é bem pertinente, pois, ao matriculá-lo com 5 anos no primeiro ano, ele fará a antiga primeira série com seis, e assim por diante. Não tem porque apressá-lo. Mas fazê-lo refazer o último ano do infantil também não tem sentido.
Esse é um período de transição e eles não são fáceis, acabam por nos colocar em situações complicadas. Vale lembrar que as decisões não são para sempre e que cada criança é uma.


A boa notícia é que, passada a fase de transição (após 2010), as crianças para se matricularem no primeiro ano do ensino fundamental deverão ter seis anos completos ou a completar no início do ano letivo. As coisas ainda estão se definindo, mas no geral as escolas aceitarão as matrículas para o ingresso no ensino fundamental das crianças que completarem seis anos até 30 de junho.


Com isso, muitas crianças que se adiantariam vão se sentir mais adequadas com o que estão aprendendo. E os pais não precisam se preocupar delas estarem perdendo um ano. Pelo contrário, um ano bem vivido tem mais valor do que viver muitos às pressas.

(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)