domingo, 20 de setembro de 2009

Trabalho Infantil

Segundo o site Babado, depois de sair do palco chorando dois domingos seguidos (ver videos abaixo), a apresentadora-mirim Maísa, de 6 anos, "passou a ser observada de perto pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo. Através de sua comissão de enfrentamento e erradicação ao trabalho infantil, o Conselho vai contar também com a ajuda de um profissional de psicologia infantil para dar um parecer técnico sobre o caso. O órgão vai analisar, através das imagens dos programas veiculadas na internet, se a menina sofreu algum tipo de constrangimento na frente das câmeras".

Para a psicóloga infantil Thais Guimarães, entrevistada pela Gazeta do Sul, "a relação entre Maisa e o apresentador é marcada pela violência, uma vez que não foram impostos limites à garota" . A psicóloga diz ainda que "há uma escalada de agressão e todo mundo vê e bate palma. Não é colocado limite a Maisa porque o público quer ver o circo pegar fogo". Segundo a mesma reportagem "o psicólogo Yves de La Taille, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), vai mais longe e diz que a pequena Maisa é, por um lado, submetida ao trabalho escravo, por não ter autonomia e ter de satisfazer a vontade de dinheiro e glória dos pais. Os dois psicólogos concordam que há negligência por parte dos pais. 'Os pais são os primeiros e os últimos a responder, porque não colocam limites', afirmou Guimarães. 'É um absurdo o que os pais e o apresentador fazem com a criança. A posição de Maisa no vídeo é um lugar que só os adultos poderiam ocupar. A criança precisa ter intimidade e ser preservada. É bem típico da sociedade do espetáculo, em que a criança é vista hoje como um consumidor', analisou de La Taille. Para de La Taille, todo mundo é culpado: os pais, o apresentador e o público "entregue a Silvio Santos. É mais subserviência e reverência à celebridade do que uma relação de crueldade".

Maísa, apesar de muito inteligente e esperta, é uma criança. Às vezes nos esquecemos disso! Cabe lembrar ainda que a mini-petiz foi concebida como uma versão brasileira da famosa atriz mirim Shirley Temple (ver foto no início do post), e, como esta, uma hora ela voltará ao anonimato, ou pelo menos, deixará de ser o centro absoluto das atenções. E aí então, caberá a seus pais voltar a criá-la como criança e não mais como trabalhadora infantil.





Fonte: psicologia dos psicologos

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