sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Filme: O show de Truman

Em O Show de Truman (The Truman Show, no original em inglês), o vendedor de seguros Truman Burbank (Jim Carrey) vive em Seaheaven, um paraíso terrestre onde todos parecem conviver em perfeita harmonia. Mas, seu casamento com Meryl (Laura Linney) não anda muito bem e, para piorar, ele sente-se constantemente vigiado.

Decidido a investigar se realmente o estão espionando, Truman começa a perceber uma séries de situações estranhas, que aguçam ainda mais suas dúvidas e levam-no à descoberta: sua vida é um show de tv.

Abandonado pelos pais ainda bebê, Truman é adotado por uma rede de televisão que o cria num mundo irreal: a cidade onde vive é um imenso cenário, sua esposa, amigos, vizinhos, todos são atores contratados. Sua vida é uma farsa, acompanhada por milhares de telespectadores.

A partir de então sua luta é para libertar-se e poder viver verdadeiramente.

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O show de Truman x Behaviorismo

O behaviorismo dedica-se ao estudo das interações entre o indivíduo e o ambiente, entre as ações do rapaz (respostas) e as ações do ambiente (estímulo).

Truman é o primeiro bebê televisivo, criado num mundo aparentemente real e perfeito, encenado por atores e controlado por mais de mil câmeras. Nada ali é real. Tudo ali é real.

Truman sempre teve sua existência presa à essência criada por Cristof. Nenhuma ação sua era espontânea. Tudo era calculado. Para isso, ele cresceu cautelosamente sendo educado por reforços positivos e negativos, por reflexos condicionados.

Ele morava numa ilha. Logo, não seria tão fácil ele simplesmente ir embora. Mas e quando ele começasse a perguntar? E se ele quisesse simplesmente pegar um barco e explorar o mar? Até por que o pequeno Truman era bastante curioso. Curiosidade fazia parte da sua subjetividade. Então, o que eles fizeram? Mataram o pai de Truman afogado para o coitado ficar traumatizado e não querer chegar perto de água tão cedo!

Acontece que a mente humana não é tão simples assim. Controlar alguém não é tão possível assim, mesmo com a ajuda de todo uma equipe gigantesca. Tem algo que ninguém consegue controlar. E espero eu que não consigam nunca! Truman era cercado por câmeras, mas esqueceram de por uma câmera no seu subconsciente, na sua subjetividade.

Assim, ele, por mais manipulado que fosse, sempre teria seus desejos mais íntimos, suas vontades mais primitivas. Isso foi representando pelo amor à primeira vista que ele teve por Sylvia. No primeiro ato espontâneo que ele quis ter, o ato de apaixonar-se, o elenco cuidou de tirar aquela ameaça de perto dele e consertar a ‘cabeça’ de rapaz.

Um comentário:

  1. Adorei o texto. Sou Maria Eduarda e estou no primeiro ano de psicologia. Estive procurando sobre o tema, e achei a sua página. A parte que você destaca "No primeiro ato espontâneo que ele quis ter, o ato de apaixonar-se, o elenco cuidou de tirar aquela ameaça de perto dele e consertar a ‘cabeça’ de rapaz", faz perceber nas palavras ameaça, apaixonar-se e consertar a cabeça, algo que o Behaviorismo não lida, a subjetividade. E é o ponto aonde eu comecei a entender sobre Behaviorismo, tanto na faculdade como aqui mesmo com a leitura de seu texto. Aonde também (vista de outro ponto)podemos SUPOR uma falha (no behaviorismo). Enfim, adorei o texto! Beijos

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