quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Experimento em behaviorismo




Sujeito experimental na 4a sessão de modelagem. UNIMEP, nov/2008
psicologia comportamental labirinto encadeamento discriminacao

Behaviorismo - Aplicações




Algumas aplicações do behaviorimos no cotidiano.
behaviorismo skinner comportamentalismo psicologia

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

10 Pesquisas mais inusitadas


Uma lista elaborada pelo Lista10.

1º. Fotos de bebês deixam ladrões com remorso
Psicólogos Escoceses espalharam 240 carteiras pelas ruas de Edimburgo e descobriram que as carteiras com fotos de bebês têm 6 vezes mais chances de serem devolvidas ao dono.


2º. Jogar Tetris melhora o cérebro
De acordo com um estudo do Mind Research Network o jogo pode realmente melhorar a eficiência do cérebro, aumentar o córtex e ajudar outras áreas.

Segundo o Dr. Sherif Karama, co-investigador do Instituto Neurológico de Montreal, no Canadá, o órgão pode ser estimulado e que "uma tarefa desafiadora de espaço visual tem um impacto na estrutura do córtex". Ou seja, o game Tetris serve como um tipo de "academia" para o cérebro e ajuda no desenvolvimento.


3º. Quarta-feira é o pior dia da semana
Pesquisa liderada pelos cientistas Peter Dodd e Christopher Danforth da Universidade de Vermont, Estados Unidos, revelou que a maior parte dos internautas consideram a quarta-feira o pior dia da semana. De acordo com o site ITProPortal Dodd e Danforth dizem ter projetado um sistema inovador que pode medir a felicidade coletiva analisando os sentimentos da pessoa através da avaliação de seus tweets e posts em blogs.


4º. Mudança no clima custará US$ 400 bi anuais
Cientistas de todo o mundo alertam que o custo estimado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para amenizar o impacto das alterações está subestimado e que o montante necessário é bem maior. Os dados são do Instituto Internacional para Ambiente e Desenvolvimento e do Imperial College de Londres.O mundo precisaria gastar por ano o equivalente a nove ou dez vezes o orçamento que Pequim dispôs para realizar os Jogos Olímpicos para salvar o planeta dos impactos das mudanças climáticas, cerca de US$ 400 bilhões a US$ 500 bilhões.


5º. Fazer muitas coisas ao mesmo tempo atrapalha o cérebro
As pessoas que costumam fazer muitas coisas ao mesmo tempo são as piores em fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Esta é a surpreendente conclusão de pesquisadores da Universidade Stanford, que determinaram que os chamados multitaskers - pessoas que habitualmente se dedicam a mais de uma tarefa ao mesmo tempo - distraem-se com grande facilidade e são menos hábeis em ignorar informações irrelevantes do que pessoas que só concentram tarefas ocasionalmente.


6º. Ser "machão" pode prejudicar a saúde
Os homens que defendem de forma vigorosa os conceitos tradicionais de masculinidade e acreditam que o homem ideal é um sujeito forte e caladão que não se queixa das dores que sofre apresentam probabilidade 50% inferior, se comparados a outros homens, de procurar tratamentos preventivos de saúde, como um checape anual, afirma um estudo da Associação Sociológica Americana, em San Francisco.


7º. Cerca de 40% dos textos no Twitter são inúteis
A categoria "mensagens inúteis" domina os textos publicados no serviço de microblog Twitter, segundo a empresa de pesquisa Pear Analytic. Em um recente estudo, a companhia divulgou que esse tipo de mensagem (pointless babble, em inglês) responde por 40,55% de todas aquelas publicadas no site. Para chegar a essa conclusão, foram analisados 2 mil twitts escritos em inglês, durante duas semanas.


8º. Fanatismo por futebol pode prejudicar futuro profissional
Pesquisa, feita entre 900 gerentes de empresa pela agência de emprego TheLadders.co.uk, aponta que pessoas podem ter problemas com seus chefes se expressarem seu amor ao time no trabalho - principalmente se não for o mesmo de seu superior.

A mencionada agência, que opera na internet, adverte que mostrar de forma pública um interesse particular por um time de futebol pode fazer com que o funcionário leve um "cartão vermelho". Por outro lado, ter o chefe no mesmo lado da torcida pode representar uma eventual promoção.


9º. Alunas de escolas só para meninas preferem rapazes com rosto feminino

Uma pesquisa britânica sugeriu que alunas de escolas exclusivamente para meninas sentem maior atração por meninos com feições femininas.

Já no caso das escolas exclusivas para meninos, o ambiente escolar parece exercer uma influência menor na atração pelo sexo oposto. De acordo com o estudo liderado pela Universidade St. Andrews, na Escócia, a preferência em relação ao rosto de meninas não muda, mas há uma tendência de os meninos buscarem a companhia de rapazes com feições mais masculinas.

A pesquisa foi feita com 240 adolescentes com idades de 11 a 15 anos, que estudavam em escolas mistas ou exclusivas para um ou outro gênero. Eles observaram fotos de pessoas com rostos levemente alterados por computador que ficavam mais femininos ou masculinos, e responderam a um questionário.


10º. Comprovado que pessoas perdidas andam em círculos
Um estudo elaborado pelo Instituto Max Planck de Biologia Cibernética em Tubingenna na Alemanha descobriu que as pessoas realmente andam pelos mesmos lugares quando não têm pontos de referência confiáveis.
Segundo os pesquisadores Jan Souman e Marc Ernst, os cientistas usaram sistemas GPS para registrar os caminhos.

Os resultados mostraram que os andarilhos só conseguiam manter uma linha reta quando o sol ou a lua eram visíveis. Quando o sol sumia atrás de algumas nuvens, as pessoas começavam a andar em círculos sem perceber.

Filme Do condicionamento à transformação humana

Como funciona a educação? Porque não existe motivação nas escolas? Estamos sujeitos à educação ou ao condicionamento dos outros? ...

1ª Parte


2ª Parte


3ª Parte



Livro: Fundamentos da psicanálise de Freud a Lacan

Marco Antonio Coutinho Jorge esclarece, à luz de Freud e Lacan, os conceitos mais importantes da teoria psicanalítica, entre os quais: pulsão, recalque, sintoma, real-simbólico-imaginário, objeto 'a' e sublimação. Ao desenvolver amplamente os dois eixos principais da psicanálise (sexualidade e linguagem), o autor enfatiza o abandono do funcionamento instintual – produzido pela aquisição da postura ereta, a bipedia – e o conseqüente advento da pulsão como fatores essenciais e fundadores da espécie humana.
É um ótimo livro da Editora Jorge Zahar Editor
[O autor retoma uma questão tradicional da psicanálise: "O que é o inconsciente?". Ele lembra que Freud dava uma importância capital a sua descoberta do inconsciente, comparando-a à de Copérnico, que retirou a Terra do centro do universo, e à de Darwin, que mostrou que o homem não está no centro da criação. O inconsciente, segundo Freud, tira o homem do centro de si mesmo: "O eu não é senhor nem mesmo em sua própria casa." Coutinho Jorge é professor do curso de pós-graduação em Psicanálise na Uerj e autor de "Sexo e discurso em Freud e Lacan".

O homem que se transformou em sua própria mãe

Carlos Manuel era tão bom com as mulheres que bastava um olhar para conquistá-las e duas palavras para fisgá-las para sempre. Conhecia a alma feminina como poucos: sentia o que elas sentiam, previa o que elas pensavam e se aproveitava para confortá-las e acariciá-las. Olhava para elas e sabia exatamente as palavras macias que precisava falar e a força masculina que era necessário aplicar. Era um homem que utilizava elegância e virilidade nas proporções exatas, sabendo usar diferentes graus de intensidade física e emocional para enlouquecer qualquer mulher. Além disso, era conselheiro, ouvia com paciência e era um amante constante e retumbante. Levava-as ao orgasmo apenas ensaiando frases sussurradas cheias de palavras açucaradas.

Seu dom transformou-se em vício quando percebeu que suas investidas nunca falhavam. Entregou-se ao hábito de colecionar mulheres por onde passava pela consciência de que todas elas lhe entregariam a alma sem vergonhas ou alardes. Perdeu o controle e passou a investir em moças casadas, solteiras, virgens e inanimadas. Sua voracidade era engoli-las por inteiro e, após consumir todas as suas essências, cuspi-las com desprezo e frieza. Tapava seus próprios vazios com qualquer peneira que lhe parecesse esteticamente adequada. Dessa forma, mal sabia com quem estava, qual era o nome ou as características próprias: importava-lhe que fossem belas mulheres e que tivessem algo a lhe acrescentar nas técnicas alcoviteiras. Queria tê-las dentro de si para, com o conteúdo adquirido, partir para a próxima investida. Sabia que um homem que coleciona conquistas não precisa de esforços para fazer sua próxima vítima.

O primeiro problema de Carlos Manuel ocorreu em uma manhã de terça-feira quando ele acordou e se deparou no espelho com o reflexo de sua própria mãe. Olhou bem, balançou a cabeça, passou as mãos nos longos cabelos ruivos e percebeu que realmente havia se transformado em sua genitora. O detalhe é que ela estava jovem, linda, com um corpo estonteante e uma vitalidade inédita no olhar. Percebeu que ele, agora, era sua mãe na idade exata em que ela engravidou dele próprio. Assustou-se com o reflexo, mas logo escovou pacientemente os longos cabelos vermelhos e sorriu. Sim, no fundo estava feliz e não entendia bem os motivos.

A mudança, porém, era apenas física e estética. Seus desejos masculinos e sua lábia com o sexo oposto continuavam afinados e bem dispostos. Abriu o armário, procurou a roupa de uma das mulheres que se deitaram em seu leito nos últimos meses e escolheu um vestido que sabia que sua mãe iria adorar. Saiu para a rua com a certeza de que tudo o que queria era experimentar um novo jeito de fazer sexo com as mulheres. Não mudara nada, era o mesmo crápula transvertido em corpo materno. A beleza ruiva e juvenil de sua mãe, aliada ao seu falar próprio, charmoso e encantador, ajudou Carlos Manuel a conquistar as mais belas lésbicas que encontrava pelas ruas e casas noturnas da cidade. Percebeu que o sexo entre iguais era tão bom quanto o de antes e lhe servia para o mesmo propósito.

O segundo grande problema de Carlos Manuel ocorreu três semanas depois de sua estranha transformação: ao se maquiar em frente ao espelho, percebeu que estava absolutamente apaixonado por si mesmo. Ou melhor, pela sua própria mãe. Olhou novamente e percebeu que não sabia mais quem era a figura do reflexo. Sua própria silhueta se fundira à imagem de sua mãe, à personalidade dela, aos anseios e aos dizeres, às qualidades e aos defeitos. Percebeu que ele e sua mãe, na realidade, eram a mesma pessoa. Percebeu que sempre fora apaixonado por si mesmo. Ou seria por sua mãe? Não sabia mais o que pensar. Sentiu-se perdido, tonto e carente.

Naquela noite resolveu que não iria sair de casa. Deitou-se na cama, encolheu-se o máximo que podia e abraçou a si mesmo. Observou os cabelos ruivos que caiam no ombro e percebeu que, na verdade, abraçava sua mãe. Apertou-se ainda mais, pressionando os braços no ventre rígido e o sentindo com um misto de amor e ódio. Sua vontade era entrar em si mesmo e perder-se para sempre. Sentiu-se, pela primeira vez, completo. Sua carência se dissipou por alguns instantes e sua impressão era de que tinha encontrado uma peneira sem furos para tapar de vez seu vazio. Adormeceu feito um bebê, em paz e satisfeito, embalado por seus próprios braços e pelos braços imaginários de sua mãe.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Reflita - Comente

"Se alguém varre as ruas para viver, deve varrê-las como Michelângelo pintava, como Beethoven compunha, como Shakespeare escrevia".

(Martin L. King)

Freud apresenta suas idéias da sexualidade

Freud - Objeto de desejo

Em nossa sociedade e em nossa cultura capitalista. Freud, bem como Jesus, Che, Einstein e até mesmo Lênin, serviu de inspiração para uma série de produtos, que listo abaixo.

Relógio




Boneco de pelúcia


Boneco de plástico


Boneco voador


Boneco de papel


Marionete

Pela ordem: Anna Freud, C. Jung e Siguinho.


Pantufa



Adesivos para lembretesCamisa

Pirulito sabor melancia


O péssimo estar da civilização

No ano de 1930, Sigmund Freud, lançou uma das obras mais importantes do século XX: “O mal estar na civilização” (Das Unbehagen in der Kultur - A infelicidade na cultura). Neste livro encontra-se o parecer filosófico do pai da psicanálise em relação a uma Europa caótica, cujos ares emanavam o odor de uma eminente guerra, reflexos de uma Patologia social difundida no velho continente (principalmente na Alemanha) após a Primeira Guerra Mundial. Neste livro, Freud mapeou as relações entre forças antagônicas que moviam o ser humano na construção da Civilização. Por um lado Eros (o amor) que faz com que o homem construa laços afetivos, ou seja, a pulsão responsável pela construção social. Pelo outro Thanatos (a pulsão por morte) que faz com que a animalidade e o ódio destruam aquilo que foi criado. Na carta que escreveu a Einstein, o psicanalista afirma que não se podem desvincular estas duas pulsões, e para que se construa uma sociedade melhor, o Thanatos existente em cada ser humano tem de ser reprimido, com isso a pulsão de morte se manifestaria em Patologias, com fins de erupção a tensão inconsciente. Mas chega de Freud, até porque o necessário já foi dito.
Imerso no caos dos meus pensamentos, não pude deixar de traçar um paralelo da Sociedade atual com o livro no qual Freud vomitou sua análise, vivemos um mal estar da civilização?
Acredito que até os mais otimistas podem responder a esta pergunta de modo afirmativo, afinal, o homem nunca apareceu estar tão vazio diante do mundo que o cerca. Os reflexos de suposta crise estão nas mais diferentes relações humanas, o que faz com que a idéia de mal estar transpareça nos mais diversos âmbitos sociais.
O uso abusivo de drogas no mundo Ocidental é um dos fatores mais explícitos da entropia psicológica imanente aos homens, que a cada dia que se passa procuram alívio ao catatônico peso de suas angústias. Os psicotrópicos por sua vez, agem como uma válvula de escape para o mal estar psicológico que permanece dia-a-dia, uma fuga da realidade frustrante inerente à nossa sociedade capitalista. Podemos ver isso freqüentemente analisando a propaganda das drogas lícitas (o álcool e o tabaco).
Nas propagandas de cerveja nota-se o apelo às pulsões sexuais dos homens. É freqüente a associação da cerveja com mulheres de corpo com curvas exageradas e modificadas por programas de computadores, que fazem com que o consumidor (na grande maioria homens) associe o prazer de beber sua cerveja com o libidinoso par de seios exposto no cartaz. Mudando de exemplo, nas propagandas de cigarro nota-se sempre um ar de liberdade (Free como diz o nome da famosa marca), um alívio de um mundo caótico que só pode ser atingido no uso do tabaco.
Porém, não só nas drogas transparece o desespero humano. Podemos notar claramente o quanto a religião trabalha em cima deste “homem sem rumos”. Nos discursos propagados por religiosos, a procura por uma vida pós-morte a cada dia que se passa perde mais terreno para a religião de investimentos concretos: “Procure Jesus e se livre das drogas”; “Expulse satanás e consiga um bom emprego”; “Doe dez por cento de seu salário, cure seu câncer, arrume uma esposa e ganhe uma casa”, ou seja, investimentos mais proveitosos que a bolsa de valores.
Após o declínio das grandes certezas do homem, o consumo se tornou a razão de existir de muitos seres humanos, esse é um dos principais motivos que fez com que o capitalismo se consolidasse de maneira tão forte. O grande vazio e as tormentas advindas da angústia são “adormecidas” pelo ímpeto de possessão de objetos, mas como analisou Arthur Schopenhauer, a vontade nunca cessa. O homem deseja, luta para se saciar até se satisfazer, contudo a satisfação é efêmera, o que o faz cair no tédio e assim desejar novamente, alimentando cada vez mais o círculo vicioso. A infelicidade se torna gigantesca, uma bola de neve que só pode ser atenuada pelos confortos que afastam o homem de sua existência (a chamada má-fé tanto citada pelos existencialistas), terreno fértil para as drogas, as corporações religiosas, o ódio ao mais novo vilão da mídia, a idolatria ao ator de Hollywood, etc.
Zygmunt Bauman em sua magistral obra “Em busca da política” enfatiza a idéia de que o homem na pós-modernidade descobriu a incerteza e disso advém o medo de existir. Repare à sua volta, como as pessoas se escondem em sua própria casa: Grades, alarmes, cercas elétricas, câmeras, etc. O acaso se tornou eminente e o outro um inferno (concretamente falando). Pode se concluir até que uma das coisas mais evidente é que a todo o momento sentimos incerteza, nas ruas com o medo de ser assaltado, no trabalho com medo de ser despedido, nas relações amorosas com medo de ser traído, com os amigos no medo de ser esquecido, etc. Tais incertezas fazem com que pessoas procurem atônitas saírem da areia movediça que é nossa vida para pisar em terreno firme, ou seja, nas palavras do pastor, da televisão, etc.
Uma das mensagens que mais marca na obra de Nietzsche é a idéia de torna-se o que é, ou seja, de aceitar sua existência com suas crises e angústias e através destas se potencializar para atingir maior força e vigor. Penso que a maioria dos homens atualmente vive entre extremos que o afastam desta idéia, ou seja, o constante desespero tanto de fuga do ego quanto o de intensa confiança, o que o afasta cada vez mais de “uma via autêntica de existência” (parafraseando Heidegger).
Esse texto não vem transportar uma idéia salvadora, mas sim um desabafo. Seu fim é de abrir os olhos de como nós humanos, demasiado humanos, atualmente fugimos da vida e de todas as crises que naturalmente emanam em nossa existência e que às vezes encará-las de acordo com uma força de pensamento própria pode satisfazer muito mais do que procurar a felicidade cega e surda de acordo com o evangelho de outrem.

O conhecimento e suas perspectivas

Antes de qualquer coisa, precisamos dar uma definição ao que é o conhecimento: Utilizando as palavras da Maria Aranha: “O conhecimento é o pensamento que resulta da relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido.” E essa relação, durante toda a história da Filosofia, foi bastante discutida e trouxe muitos problemas, especialmente na contemporaneidade.

Existem basicamente 5 correntes que afirmam a possibilidade do conhecimento, e segundo a definição de Hessen; são elas:
  • Dogmatismo: Não existe um problema no conhecimento, pois o sujeito pode claramente conhecer o objeto exatamente da forma que ele é. Os principais representantes dessa corrente são os filósofos pré-socráticos;
  • Ceticismo: Oposto do dogmatismo, é impossível para o sujeito conhecer o objeto, logo devemos suspender completamente nosso juízo (epoché). Pode ser divido em ceticismo lógico, metafísica, ético ou religioso, metódico e sistemático. Seu principal representante e fundador é Pirro de Ellis (360-270 a.C.);
  • Subjetivismo e relativismo: Para essas correntes, a verdade existe, mas não de forma universal. Enquanto que o subjetivismo defende que ela dependerá do sujeito, o relativismo dirá que ela também dependerá de fatores externos, como o contexto temporal e espacial em que o sujeito está inserido. Os grandes representantes deste pensamento são os sofistas;
  • Pragmatismo: Para os pragmáticos, é verdadeiro aquilo que é útil, pois para eles o homem é um ser prático, ativo e dotado de vontade e, portanto, o sentido do conhecimento humano estaria ligado à prática. Teve origem nos Estados Unidos, sendo seu fundador William James (1842-1910).
  • Criticismo: Confia na possibilidade de conhecimento, como os dogmáticos, mas acredita que é preciso, antes de tudo, colocar qualquer tipo de afirmação à prova da razão. O principal teórico desta corrente é Immanuel Kant (1724-1804).
Certamente, o relativismo e o subjetivismo são as correntes mais aceitas pelos filósofos contemporâneos. Como afirma Marilena Chauí, o relativo, o incerto torna-se uma das características da pós-modernidade quando “Freud põe em dúvida o poderio da consciência, (...) os antropólogos descrevem a pluralidade cultural regida por necessidades internas de cada cultura (...) e Marx revela o poderio da ideologia e também os imperativos econômicos”.

Todos os grandes pensadores de nossa época, como Foucault, Deleuze, Derrida, Nietzsche, Husserl, dentre outros, irão defender esse conceito, que é o que rege ciências como a Sociologia, a Antropologia e a Pedagogia.

Outro ponto dos contemporâneos é a ausência da dicotomia sujeito-objeto na questão do conhecimento. Este ponto já é visto como superado, e hoje fala-se de atores dentro da questão do conhecimento, o que tira a limitação de ter de circular entre apenas dois atores (sujeito e objeto), enquanto na verdade existem muitos, como o contexto histórico, o laboratório, a Academia de Ciências, etc. Com isso, o conhecimento, quer seja dentro da ciência, da educação, da filosofia, ou de qualquer outro âmbito, toma um prisma histórico, estando aberto à todas as caracteristicas do contexto que o circunda, eliminando definitivamente qualquer ideia de absolutismo dentro das criações e perspectivas humanas.
Fonte: filosofiadocaos

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Por que é tão difícil escolher?







Escaneado e adaptado do livro Com olhos de criança (Francesco Tonucci, Artmed, 2003).

Filhos, melhor não tê-los...

Não sou eu que falo isto. Na verdade este é o tema central do recém-lançado - e polêmico - livro "Sem filhos, 40 razões para você não ter", escrito pela psicanalista suiça Corinne Maier. Maiores informações na reportagem publicada hoje no jornal Alagoas em Tempo Real:

"Filho afunda a mulher", diz psicanalista

Nem ao menos disse o tão esperado "sim" no altar ou diante de uma proposta informal para juntarem os "trapinhos" e a família já começa a perguntar sobre os filhos. A insistência desagrada a muitos casais. Mas nada se compara à pressão que uma mulher ainda sofre quando decide que, simplesmente, não quer assumir o papel de mãe. Entretanto, algumas enchem-se de coragem para negar a maternidade. A autora Corinne Maier, psicanalista e economista, lista vários motivos polêmicos para não ter crianças em casa. Para ela, filhos "custam caro, poluem e, sobretudo, afundam a existência das pessoas".

A decisão ainda gera preconceito e discussões acaloradas, como tudo que altera a ordem social estabelecida. Prova disso foram as reações de amor e ódio das brasileiras logo após o lançamento do livro Sem Filhos - Quarenta razões para não ter no Brasil.

A autora Corine Maier que tanto recrima a maternidade é uma mulher de 43 anos, mãe de dois adolescentes e sem qualquer pudor de culpar uma criança por roubar os momentos de lazer dos pais, dominar a vida do casal, afastar os amigos adultos de casa e, claro, quebrar todo o clima na hora do sexo.

Opinião semelhante é compartilhada por Alice Freitas. Casada há dois anos, a publicitária de 35 anos diz que jamais renunciaria aos seus prazeres para cuidar de um filho. "Se tivesse que desmarcar uma viagem ou mudar meus planos por causa de uma criança, faria tudo com má vontade. Então, para não culpar alguém pela minha infelicidade, prefiro continuar com a independência que tenho", esclarece.

Para Aline, outro ponto que a fez desistir do projeto de ser mãe é a questão financeira. "A minha renda familiar não permite. Teríamos que fazer muitos sacrifícios para sustentar uma criança. Por isso, mesmo que houvesse uma lei obrigando um casal a ter filhos, provavelmente eu e meu marido seríamos 'foras-da-lei'", afirma.

Por outro lado, há histórias menos radicais. Em comunidades na Internet, que defendem a idéia de não ter filhos, por exemplo, foi possível encontrar quem mudou de posição. Bia*, de 33 anos, atualmente espera o nascimento de uma menina para dezembro. "Nem lembrava que ainda estava nessa comunidade", disse a empresária que prefere preservar sua identidade.

Casada há cinco anos, Bia conta que ter filhos não estava nos planos do casal até o ano passado. "Optamos por viajar, estudar e crescer na profissão. Mas, depois de um certo tempo, percebemos que faltava algo e começamos a avaliar tudo o que antes achávamos um obstáculo para engravidar. Se fôssemos pensar só nos gastos, jamais seria mãe. A nossa decisão foi muito mais emocional que financeira. E acho que está valendo a pena", garantiu a futura mamãe.

Razões dos especialistas para negar a maternidade

Dificuldades financeiras e não ter ao lado um homem que considere o ideal para ser pai estão entre os principais motivos para adiar a gravidez, pelo menos por um tempo. Nesses casos, a psicoterapeuta Sueli Molitérno, especialista em terapia de regressão de memória, propõe uma avaliação do inconsciente. "Quase sempre há um medo por trás, baseado no seu histórico de vida. O "não a gravidez" pode ser dado por medo da deformação física, medo de não ser uma boa mãe, medo de ser abandonada pelo companheiro, medo de que o filho passe por um sofrimento que ela já passou", explica.

Portanto, para Sueli, antes de tomar a decisão de não ter filhos é preciso se "conhecer melhor". "Se houve um trauma, um bloqueio, o desejo de ser mãe pode despertar de um dia para o outro, e, às vezes, poderá ser tarde demais, uma vez que a mulher tem um tempo certo para engravidar", conclui Suely.

Feridas emocionais à parte, para a psicóloga Sueli Castillo, a decisão de não ter filhos deve-se à liberdade de escolha conquistada pelo sexo feminino. "Os métodos contraceptivos deram à mulher a oportunidade de escolher quando e se realmente quer ser mãe. Ela se libertou da "culpa" de se sentir diferente e, assim, assumiu mais a sua autenticidade", acredita.

Mas as especialistas admitem que há um preço a se pagar por essa escolha - no mínimo, a mulher enfrentará olhares de reprovação. "Infelizmente o livre arbítrio nem sempre é respeitado", diz Sueli. Mas, segundo ela, é preciso que as mulheres não tomem atitudes baseadas nesses julgamentos. "Se todos resolvessem seguir os padrões impostos, a família seria indissolúvel, sem separações ou divórcios, não haveria união sem "casamento oficial", muito menos casamentos entre pessoas do mesmo sexo", lembra a psicóloga.

Há também preconceito e machismo envolvidos na questão. "Uma mulher sem filhos está associada ao perigo. Já uma mulher "sozinha" que não deseja ser mãe é vista também como fria", explica Sueli.

Essas atitudes de reprovação - muitas vezes implícitas - nunca assustaram a enfermeira Fernanda da Silva, 40 anos. Recém-separada, após um casamento de 17 anos, ela conta que nunca pensou em ter um filho, mesmo contrariando os desejos dos parentes, principalmente dos pais e sogros. "Minha rotina é muito complicada e meu marido sempre me apoiou nessa decisão. Aproveitamos muito a vida a dois. Hoje, estou solteira novamente e vejo de forma ainda mais clara que uma criança só teria atrapalhado meu crescimento pessoal. Não teria, por exemplo, a liberdade para sair com os amigos e voltar para casa a hora que quero ou então, se for o caso, nem voltar", conta bem-humorada.

Quando perguntada se falta algo em sua vida, Fernanda é categórica: "talvez um outro homem, mas filho jamais".

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Pensando em ter filhos ainda?

Fonte: psicologiadospsicologos

Psicologia Popular

domingo, 20 de setembro de 2009

Trabalho Infantil

Segundo o site Babado, depois de sair do palco chorando dois domingos seguidos (ver videos abaixo), a apresentadora-mirim Maísa, de 6 anos, "passou a ser observada de perto pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo. Através de sua comissão de enfrentamento e erradicação ao trabalho infantil, o Conselho vai contar também com a ajuda de um profissional de psicologia infantil para dar um parecer técnico sobre o caso. O órgão vai analisar, através das imagens dos programas veiculadas na internet, se a menina sofreu algum tipo de constrangimento na frente das câmeras".

Para a psicóloga infantil Thais Guimarães, entrevistada pela Gazeta do Sul, "a relação entre Maisa e o apresentador é marcada pela violência, uma vez que não foram impostos limites à garota" . A psicóloga diz ainda que "há uma escalada de agressão e todo mundo vê e bate palma. Não é colocado limite a Maisa porque o público quer ver o circo pegar fogo". Segundo a mesma reportagem "o psicólogo Yves de La Taille, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), vai mais longe e diz que a pequena Maisa é, por um lado, submetida ao trabalho escravo, por não ter autonomia e ter de satisfazer a vontade de dinheiro e glória dos pais. Os dois psicólogos concordam que há negligência por parte dos pais. 'Os pais são os primeiros e os últimos a responder, porque não colocam limites', afirmou Guimarães. 'É um absurdo o que os pais e o apresentador fazem com a criança. A posição de Maisa no vídeo é um lugar que só os adultos poderiam ocupar. A criança precisa ter intimidade e ser preservada. É bem típico da sociedade do espetáculo, em que a criança é vista hoje como um consumidor', analisou de La Taille. Para de La Taille, todo mundo é culpado: os pais, o apresentador e o público "entregue a Silvio Santos. É mais subserviência e reverência à celebridade do que uma relação de crueldade".

Maísa, apesar de muito inteligente e esperta, é uma criança. Às vezes nos esquecemos disso! Cabe lembrar ainda que a mini-petiz foi concebida como uma versão brasileira da famosa atriz mirim Shirley Temple (ver foto no início do post), e, como esta, uma hora ela voltará ao anonimato, ou pelo menos, deixará de ser o centro absoluto das atenções. E aí então, caberá a seus pais voltar a criá-la como criança e não mais como trabalhadora infantil.





Fonte: psicologia dos psicologos

Criança esperta

Tú, místico - Fernando Pessoa

Tu, Místico

Alberto Caeiro/ Fernando Pessoa

Tu, místico, vês uma significação em todas as cousas.

Para ti tudo tem um sentido velado.

Há uma cousa oculta em cada cousa que vês.

O que vês, vê-lo sempre para veres outra cousa.

Para mim, graças a ter olhos só para ver,

Eu vejo ausência de significação em todas as cousas;

Vejo-o e amo-me, porque ser uma cousa é não significar nada.

Ser uma cousa é não ser susceptível de interpretação.

Fonte: Poesia Completa de Alberto Caeiro (Companhia de Bolso, 2005)

sábado, 19 de setembro de 2009

Gestalt

A casa dos mortos

documentário em curta-metragem "A casa dos Mortos", este video "retrata a realidade dos Hospitais de Custódia e Tratamento (os Manicômios Judiciários) no Brasil. Lançado em abril deste ano, o curta produzido pela antropóloga e professora da Universidade de Brasília, Débora Diniz, já foi exibido em várias oportunidades, debatido e noticiado, porém (ao que me parece) esquecido!! Não deixe de (re)assistir! Os desafios para extinção destes locais estão cada vez mais amplificados, é preciso interposições estratégicas, sem falar na utilização de alternativas!! Divulguem e promovam debates! Vamos aproveitar o Dia Mundial da Saude Mental e os eventos na sua cidade!". Prontamente divulgado...



OBS: saiba mais sobre este documentário clicando aqui.

Aliança pelos Direitos dos Animais na Rússia

A Alliance for Animal Rights russa resolveu fazer uma performance em São Petersburgo onde um caçador matava jovens semi nus vestidos com máscaras de animais.

Mais fotos logo abaixo.

Cada cérebro é um passo em frente na Humanidade

Os nossos cérebros são fisicamente diferentes uns dos outros, pois este modifica-se ao longo de toda a vida, consoante as experiências vividas pelo sujeito. Por este motivo, não existem dois cérebros iguais, pois não há no mundo, nenhuma pessoa que seja totalmente igual a outra, e pelo menos até agora, ainda não há ninguém clonado entre nós; e mesmo que existisse, duvido que seria igual ao original. Pois este viveria num outro tempo e lugar, passaria por outras experiências, conheceria outras pessoas, ouviria outras músicas, enfim, teria outra interacção com as pessoas e seus costumes. Nem mesmo nós somos hoje o que fomos ontem, não é mesmo? Pois as coisas mudam com uma rapidez impressionante, e por vezes temos mesmos que nos esforçar bastante para conseguir acompanhar este mundo em constante mudança.
Quando nascemos o nosso cérebro não está totalmente desenvolvido, mas é esta prematuridade, este inacabamento, que nos permite uma melhor e mais eficaz adaptação a novas situações ao longo da nossa vida, pois como temos um programa genético aberto, no qual apenas estamos parcialmente programados, ou seja, existe apenas uma programação de índole biológica e não um sistema de instintos que determine o nosso comportamento face a uma determinada situação, temos a possibilidade de nos adaptarmos a um ambiente em mudança, inventando assim novas soluções para os problemas com que nos deparamos, compensando desta forma as nossas limitações anatómicas.
Simultaneamente, desenvolve-se assim um processo de individuação, ou seja, as experiências vividas por cada indivíduo, marcam a estrutura do nosso cérebro favorecendo assim a singularidade. Desta forma, o principal motor de individuação é a plasticidade do cérebro, ou seja, a sua capacidade de se modificar, de se moldar ao longo da vida por efeito das experiências vividas, sempre no sentido de uma melhor adaptação ao meio. Sendo a plasticidade cerebral por sua vez a condição necessária à aprendizagem. E como ser o ser humano é um ser prematuro, pois o processo de desenvolvimento do cérebro continua após o nascimento e desenvolve-se de uma forma lenta, a lentificação constitui uma vantagem, pois possibilita uma maior estimulação do meio, e portanto uma maior aprendizagem, mas apesar de este processo de desenvolvimento ser muito lento, como referi anteriormente, não é pejorativo, pois como somos ser sociais necessitamos da ajuda dos outros, que são fundamentais para a construção do “eu”.
Voltando ao assunto fulcral, o cérebro humano, este está dividido em dois hemisférios, sendo que cada um deles se especializou em funções diversas, contudo funcionam de modo integrado como um todo. Os hemisférios cerebrais controlam a parte oposta do corpo, porque os feixes nervosos se cruzam no caminho.
O cérebro funciona de uma forma sistémica, pois as suas capacidades, não dependem só de si mesmas, mas também do funcionamento integrado das outras áreas cerebrais. Por isso, constatou-se que quando uma função é perdida devido a uma lesão, esta pode ser recuperada por uma área vizinha, designando-se este processo, por função vicariante ou de suplência.
Desta forma, podemos afirmar que o nosso cérebro é um sistema unitário que trabalha como um todo de forma interactiva.
Em suma, cada cérebro é um passo em frente na Humanidade, pois as suas diferenças de sujeito para sujeito ultrapassam as definições genéticas e as experiências vividas por cada um de nós, desde as intra-uterinas, como ao longo de toda a vida são muito diferentes, ou pelo menos atribuímos significados diferentes às coisas, consoante a nossa história pessoal.
A individuação torna as produções culturais mais complexas, pois como todos temos uma maneira de pensar diferente, e arranjamos diferentes soluções para os obstáculos que se apresentam ao longo do nosso efémero percurso de vida, o nosso cérebro desenvolve-se de maneira bem diferente.
Mas, como costumamos dizer na gíria, várias cabeças pensam melhor que uma só, por isso como existem várias pessoas espalhadas pelo mundo a pensarem em formas de tornar este mundo melhor, como por exemplo formas de erradicar determinadas doenças e assim melhorar a nossa qualidade de vida, devíamos aproveitar melhor as capacidades que temos, ou mesmo as capacidades que temos possibilidade de desenvolver; Porque apesar deste mundo, muito provavelmente, nunca vir a ser uma utopia, devemos torná-lo melhor a cada dia, e isso está nas mãos dos seres humanos que são a espécie dominante do planeta, e por isso têm o dever de assumir esta posição.

Fonte: Manual de Psicologia 12º Ano – “Ser Humano”

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Garoto folgadão - Geração Coca-Cola

Indicado por Rose Borba



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Gestalt - Ilusão de Ótica

Uma das exposições apresentadas no Parque Ibirapuera faz parte do Projeto Ciência na Praça, que, por sua vez, é um desdobradamento do projeto Arte&Ciência no Parque, coordenado pelo Prof. Mikiya Muramatsu e que acontece aos finais de semana nos diversos parques da prefeitura de São Paulo. Ele também é o responsável pelo Projeto Ciência na Praça, onde coordena a parte referente à Física. Maria Inês Nogueira coordena as áreas de Biologia, Anatomia e Neurociências.O belga Julian Beever ao lado de sua pintura - piscina na calçada. A ilusão de ótica se dá dependendo do ângulo em que o observador está posicionado.

Nem sempre os olhos captam com precisão a realidade. Não se deixe enganar por tudo o que vê. Pode ser ilusão de ótica...

Este é um instigante ponto da neurociência quanto à formação e percepção de imagens, no qual são considerados aspectos da óptica do olho e da organização anatômica e funcional do cérebro.
A ilusão de óptica resulta da forma como nosso cérebro interpreta as imagens que lhes chegam da retina. A retina é a camada pigmentada, que reveste o fund
o do olho. Ela possui as células responsáveis pela detecção de cores, os cones, e células para detectar a presença de luz.
A imagem que chega ao cérebro é interpretada em diferentes regiões até que nosso cérebro consiga unir as informações da imagem para identificar o significado dessa imagem e
onde ela se localiza no espaço. Nesse processo são também consideradas as informações que já estão armazenadas na nossa memória.

Ilusões criadas com pinturas, formas e tons.

O ponto cego é o local da retina onde não há cones nem bastonetes, isto é, células que captam o estímulo luminoso produzido pela imagem. No ponto cego passam as artérias que trazem sangue para a retina e saem as veias da retina e o nervo óptico. Este ponto é muito importante. Quando dirigimos um veículo, carro ou bicicleta e desejamos mudar de faixa, precisamos tomar cuidado, pois algum objeto vindo de trás ou de lado pode cair em nosso ponto cego e não o estamos vendo. Devemos, nesses casos, sempre indicar a intenção de mudança de faixa e aguardar um pouquinho.


Por questão de sobrevivência tendemos a classificar rapidamente a imagem que olhamos, e se conseguimos fazer isso com facilidade, em geral, ela deixa de ter interesse para nós. Caso contrário, quando temos dificuldade, paramos e continuamos a análise. A ilusão de óptica exerce essa magia, pois parece que entendemos, mas há ainda algo que nos instiga a buscar o significado completo da imagem.

Isto ocorre com o desenho da piscina feito a giz na calçada, com a ponte-barcos e Dom Quixote-muitas caras.Soldado em perspectiva.

nteressante ilusão de ótica quanto ao tamanho da imagem é produzida quando inserimos imagens com fundo em perspectiva (soldado e linhas convergentes/divergentes) ou em relação a objetos maiores e menores ao seu redor (bolinha no centro rodeada por bolinhas maiores e menores)



Ainda, resultado da interpretação da imagem formada no cérebro é o círculo formado por listas escuras, curvas com diferentes espessuras. Nosso cérebro reconhece vários círculos com cada uma das partes das listas, e ao tentar juntá-los para interpretar a imagem, temos a sensação de relevo e movimento.
Quando uma decisão é importante, pense seriamente e analise com cuidado, pois podemos nos enganar no julgamento.

Como ocorre o processo de repressão sexual

Vejam esse video, e observe como as escolas, a família e a sociedade age acerca de certas atitutes que freud diz que já vem no ser humano desde a infância.

Adolescência e contemporaneidade


Segundo Jerusalinsky, a adolescência é um “estado de espírito de transição da infância para a fase adulta, independente da cultura que estivermos inseridos, caracterizada pela dor causada pelas mudanças e transições sejam físicas, psicológicas ou sociais. Durante a infância, nos deparamos com uma certa visão de regra e lei ad hoc onde alguns atos estão certos ou errados dependendo do contexto, visão muitas vezes complicada de ser interpretada judicialmente e que causa certos transtornos na passagem da infância para a adolescência.

Vivemos em tempos onde os valores parecem deturpados, alguns objetos de desejo e consumo parecem ter maior importância que nossas próprias vidas. Objetos tornam-se objetivos, metas. Nossas vidas tornam-se cada vez mais públicas e a sexualidade cada vez mais banal. Ao mesmo tempo, o ser humano sente-se cada vez mais só. Jerusalinsky responsabiliza esse sentimento de solidão coletivo na busca pelo “objeto-objetivo”. As pessoas se preocupam tanto em mudar seus objetivos para a obtenção deste objeto, tido como a solução de nossos problemas (seja ele qualquer coisa como um carro, um apartamento, um celular, um computador e até drogas…), que deixam de lado suas relações sociais e acabam por sentirem-se sozinhas.

É caracteristica também do nosso tempo aceitar nosso destino como algo aletório, seja bom ou ruim. Deste ponto de vista, a pessoa se isenta de qualquer responsabilidade pelas consequências do que com elas acontece, ou seja, “se temos sorte, nos damos bem, caso contrário, não é nossa culpa”. Jogados neste mar de aleatoriedade, as pessoas podem se eximir de qualquer sabedoria relacionada a laços sociais e acabam ficando a deriva de uma solidão inconscientemente consentida.

Todos estes fatores levam os jovens a desvalorizarem as relações, sejam amorosas ou familiares, e o fazem ir em busca deste objeto-objetivo que lhes darão “satisfação garantida”. Em alguns casos, este objeto são drogas. Atraidos por elas, por sentirem-se traídos pelas relações interpessoais, estes jovens colocam-nas no patamar de um objetivo de vida pois sabem que nunca vão se sentir traídos pelas drogas.