Com isso, as críticas voltam-se para os profissionais – professores, coordenadores e diretores de escola, que pouco tem culpa, uma vez que não recebem apoio do governo para se qualificarem melhor.
Além disso, os cursos de licenciatura estão em níveis péssimos, principalmente nas universidades particulares, totalmente desarticulados da realidade que o país apresenta, não acrescentam experiências concretas aos universitários, não exigem habilidades e competências para o exercício da profissão, simplesmente formam, formam e formam.
É mais importante ter um diploma universitário debaixo do braço ou num quadro em uma parede, do que se atingir qualificação profissional, mesmo que técnica, mas que possibilite o exercício sério e qualificado de uma profissão, que traga realização profissional e não só o salário no final do mês.
Na tentativa de reverter essa situação, o mais interessante seria o desenvolvimento de programas de apoio pedagógico e de formação, voltados para a educação pública no país.
Segundo o educador Luis Carlos de Menezes, da Universidade de São Paulo, o principal seria “reforçar imediatamente a capacitação e as práticas escolares, enquanto se reformulam os cursos de graduação”.
Nessa visão, já é possível encontrar em algumas Secretarias de Educação cursos voltados para o aperfeiçoamento profissional, tanto de professores como de gestores.
A janela principal dessa história deve se tornar porta de entrada para a qualificação, sem deixar que o idealizado caia no esquecimento. Promessas do Ministério da Educação, voltadas para esse fim, já existem. Basta que saiam do papel e sejam executadas.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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