Com a chegada do final do bimestre, muitos alunos sofrem com a expectativa da entrega do boletim. Para muitos, um momento de prazer, de mostrar os objetivos atingidos, para outros, um pesadelo, em razão do fracasso escolar, das notas baixas.
Muitas vezes, os pais, sem saberem lidar com a circunstância, acabam castigando seus filhos, piorando ainda mais a situação. Mas a escola deve ter o compromisso de transmitir para esses pais sobre as necessidades da criança ou adolescente, que podem estar passando por problemas emocionais, não conseguindo administrá-los internamente.
Normalmente, os casos de fracasso escolar estão associados a outros fatores que a família não percebe que podem estar prejudicando o aprendizado. Brigas do casal, pouca atenção para o filho, muitas críticas por parte dos pais, irmãozinhos mais novos, enfim, uma série de elementos que podem mexer com a estrutura interna do sujeito, que acaba precisando da ajuda de especialistas.
As primeiras indicações para se salvar o boletim é discutir com a equipe pedagógica da escola sobre quais as maiores dificuldades do aluno, identificando as prioridades para o momento. Verificar se a escola oferece aulas de reforço, plantões de dúvidas e se situar sobre os dias e horários das mesmas.
Pagar aulas particulares será uma excelente forma de ajudar o estudante, que muitas vezes não tem uma rotina própria de estudo, não consegue ser independente, o que também o prejudica. É bom destacar que os vilões das dificuldades são sempre matemática e língua portuguesa, no entanto, outras disciplinas também podem se destacar.
Ficar atento a fatores emocionais é fundamental, pois mesmo que a criança ou o jovem recupere as notas, o problema poderá voltar no semestre seguinte, em virtude da desestruturação interna. O melhor a fazer é encaminhar o aluno para um atendimento psicopedagógico, a fim de se fazer um diagnóstico sobre as dificuldades e limitações do mesmo diante do processo ensino/aprendizagem. Muitas vezes o aluno é compromissado, mas seus métodos de estudo são ineficientes, precisando de orientação.
Noites mal dormidas também podem prejudicar o aprendizado. Jovens e crianças precisam de, no mínimo, nove ou dez horas de descanso por noite. Os problemas de visão também podem prejudicar a aprendizagem e são causas constantes dessas dificuldades. Fazer exames de vista regularmente é fundamental para garantir o estado de saúde do aluno.
Ignorar os problemas e cobrar apenas do estudante não trará bons resultados. Surras e castigos ocasionarão ainda a perda da autoestima, da autoconfiança, piorando a capacidade do estudante em se concentrar e acreditar que vencer é possível.
Dedicar alguns momentos para estudar com a criança ou jovem também será uma forma favorável de demonstrar interesse pelo mesmo, por seus problemas, além de mostrar confiança, gosto em ajudá-lo a superar essa etapa difícil e a melhorar os vínculos afetivos entre pais e filho.
O fundamental é acreditar na capacidade do aluno, incentivando-o a se tornar melhor.
Por Jussara de Barros Graduada em Pedagogia Equipe Brasil Escola
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