As causas da gagueira, chamada por especialistas de disfluência da fala, são um verdadeiro mistério. Várias pesquisas sugerem que ela pode ser genética, decorrente de disfunções fisiológicas ou de origem psicológica, porém, nada conclusivo. Como ponto de partida é fundamental que pais e professores saibam diferenciar quando a criança realmente manifesta a gagueira.
É comum que crianças entre 2 e 4 anos, que estão passando pelo processo de aquisição de linguagem, apresentem comportamentos típicos da gagueira, como repetição de palavras, sílabas e sons, prolongamentos de vogais e bloqueios. Esses sintomas podem permanecer na fala por apenas alguns meses e depois sumir sem qualquer intervenção. É a chamada "remissão espontânea", que está ligada ao desenvolvimento da linguagem e não à gagueira.
Contudo, é importante estar alerta e acompanhar cuidadosamente tal comportamento de fala que, quando instalado por um longo tempo, passa a ser mais do que comportamentos resultantes do processo de aquisição da linguagem, assumindo-se como gagueira.
O profissional apto a realizar uma avaliação diferenciada é o fonoaudiólogo especializado no atendimento dos Distúrbios da Fluência, com conhecimentos científicos e práticos sobre gagueira. A terapia fonoaudiológica visa melhorar as relações de comunicação e minimizar tanto o distúrbio quanto o sofrimento moral e interno do paciente.
É de suma importância que pais e educadores realizem um trabalho de parceria, buscando a melhor maneira de proceder com o indivíduo gago. Partindo desse pressuposto, algumas condutas devem ser adotadas, tanto pelos pais no ambiente familiar quanto pelos professores na escola, que serão de grande avalia para essa relação de comunicação:
Em casa:
• Nunca diga 'pare', 'pense', 'respire' ou 'calma'. A criança não está nervosa, está gaguejando;
• Apesar da dificuldade em comunicar, não complete palavras para a criança;
• Não interrompa a fala da criança;
• Converse em velocidade confortável e de forma mais pausada;
• Reduza o número de perguntas;
• Busque olhar nos olhos da criança quando ela estiver falando;
• Durante o diálogo deixe a criança falar mais e busque balançar a cabeça para indicar que está compreendendo o que ela está falando;
• Tenha um tempo a sós com o filho, para que ele tenha liberdade para contar tudo o que quiser.
Na escola:
• Apresente para a turma a questão da gagueira. Explique que a criança gaga não é diferente de ninguém;
• Estabeleça um contato freqüente com a família para acompanhar o desempenho da fala da criança em casa;
• Adote uma postura de acolhimento, que não é ter dó, compreenda a dificuldade da criança;
• Não peça para a criança falar dessa ou daquela maneira;
• Compreenda que gagueira não tem nada a ver com inteligência. Cobre da criança que gagueja o mesmo que cobra das outras crianças, com exceção da fala, é claro.
• Perceba os dias mais fáceis e os mais difíceis da criança, evitando expô-la, respeitando os dias mais difíceis;
• Estabeleça uma dinâmica de leitura em dupla ou coletiva;
• Em atividades pré-escolares, nunca deixe a criança para o final da brincadeira, porque essa atitude pode aumentar a ansiedade e o medo.
Por Elen C. Campos Caiado Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
É comum que crianças entre 2 e 4 anos, que estão passando pelo processo de aquisição de linguagem, apresentem comportamentos típicos da gagueira, como repetição de palavras, sílabas e sons, prolongamentos de vogais e bloqueios. Esses sintomas podem permanecer na fala por apenas alguns meses e depois sumir sem qualquer intervenção. É a chamada "remissão espontânea", que está ligada ao desenvolvimento da linguagem e não à gagueira.
Contudo, é importante estar alerta e acompanhar cuidadosamente tal comportamento de fala que, quando instalado por um longo tempo, passa a ser mais do que comportamentos resultantes do processo de aquisição da linguagem, assumindo-se como gagueira.
O profissional apto a realizar uma avaliação diferenciada é o fonoaudiólogo especializado no atendimento dos Distúrbios da Fluência, com conhecimentos científicos e práticos sobre gagueira. A terapia fonoaudiológica visa melhorar as relações de comunicação e minimizar tanto o distúrbio quanto o sofrimento moral e interno do paciente.
É de suma importância que pais e educadores realizem um trabalho de parceria, buscando a melhor maneira de proceder com o indivíduo gago. Partindo desse pressuposto, algumas condutas devem ser adotadas, tanto pelos pais no ambiente familiar quanto pelos professores na escola, que serão de grande avalia para essa relação de comunicação:
Em casa:
• Nunca diga 'pare', 'pense', 'respire' ou 'calma'. A criança não está nervosa, está gaguejando;
• Apesar da dificuldade em comunicar, não complete palavras para a criança;
• Não interrompa a fala da criança;
• Converse em velocidade confortável e de forma mais pausada;
• Reduza o número de perguntas;
• Busque olhar nos olhos da criança quando ela estiver falando;
• Durante o diálogo deixe a criança falar mais e busque balançar a cabeça para indicar que está compreendendo o que ela está falando;
• Tenha um tempo a sós com o filho, para que ele tenha liberdade para contar tudo o que quiser.
Na escola:
• Apresente para a turma a questão da gagueira. Explique que a criança gaga não é diferente de ninguém;
• Estabeleça um contato freqüente com a família para acompanhar o desempenho da fala da criança em casa;
• Adote uma postura de acolhimento, que não é ter dó, compreenda a dificuldade da criança;
• Não peça para a criança falar dessa ou daquela maneira;
• Compreenda que gagueira não tem nada a ver com inteligência. Cobre da criança que gagueja o mesmo que cobra das outras crianças, com exceção da fala, é claro.
• Perceba os dias mais fáceis e os mais difíceis da criança, evitando expô-la, respeitando os dias mais difíceis;
• Estabeleça uma dinâmica de leitura em dupla ou coletiva;
• Em atividades pré-escolares, nunca deixe a criança para o final da brincadeira, porque essa atitude pode aumentar a ansiedade e o medo.
Por Elen C. Campos Caiado Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
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