sábado, 5 de junho de 2010

Lixo nas Praias de Salvador



Só foi começar as chuvas na capital baiana para se ver também nas praias o resultado da falta de educação ambiental dos soteropolitanos. Se durante o verão, momento em que quase toda a população utiliza nossas praias para a recreação e o lazer já não há uma cultura em manter o ambiente limpo, imaginem agora como elas estão com a chegada das "águas de abril".
Pois é, o resultado do descarte inadequado do lixo dentro da cidade de Salvador pode ser visto em quase todas as praias, principalmente, naquelas que estão próximas as desembocaduras dos nossos falecidos "rios". A cena é realmente deprimente, por toda a "orla mais bonita" o que se vê são quantidades assustadoras de plásticos, borrachas, isopores e madeiras.

Na foz do extinto rio Camurujipe no bairro do Costa Azul, que percorre seus 14 km dentro da cidade, uma equipe especial da limpeza pública tentava com muito esforço retirar o que podia das areias da famosa "Coco Beach", antes que a próxima maré cheia trouxesse o resto da sopa plástica que boiava nas imediações da praia. Já um morador de rua que habita esse local, viu nessa fonte inesgotável de resíduos a possibilidade de ter alguma renda a partir da coleta e venda das inúmeras garrafas PET que aportam constantemente na praia.
Outros lugares também sofreram muito com o grande volume de lixo trazido, por outro rio extinto, o Jaguaribe. Foram às praias do trecho entre a 3ª Ponte e a Sereia de Itapuã, nesta última foi possível observar milhares de tampinhas plásticas de polipropileno que deram um colorido nada especial as suas areias.



Olhando essa realidade, surge a grande pergunta, de quem é essa responsabilidade? Da Prefeitura? Da Vega? Da Limpurb? Das Empresas? Das Indústrias? Ou da População?
A resposta é bem simples, a responsabilidade é de todos, pois cada uma das partes é co-responsável nesse processo, ou seja, um depende do outro para que aja uma relação de sustentabilidade ambiental, social e econômica.
O grande problema é que tem muito mais gente sujando do que deixando limpo e isso todos nós, infelizmente, vemos todos os dias. E se pararmos para pensar profundamente onde toda essa problemática se inicia, passaremos pela falta de educação doméstica e certamente chegaremos ao nosso falido sistema político e educacional, que não consegue compatibilizar as políticas de desenvolvimento (econômico e urbano) e de educação com as ambientais, tornando cada vez mais insalubres os espaços comuns de convivência da sociedade.
Mas isso não quer dizer que tudo está perdido, precisamos que você comece a mudar alguns dos seus hábitos e seja multiplicador desses novos comportamentos, pois só assim conseguiremos mudar o mundo para melhor.

André Papi
Coordenador Geral
Organização Sócio Ambientalista Joguelimpo

Nenhum comentário:

Postar um comentário